sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sistema de fosfagênio (ATP e ATP-CP)

        Como vimos, o ATP fornece a energia para qualquer ação do nosso corpo, e isso inclui a contração muscular. Cada ligação de fosfato de alta energia com uma molécula de adenosina armazena 7.300 calorias . Por conta disso, a quantidade de ATP armazenada nos músculos, até mesmo de atleta bem treinado, só é suficiente para manter a potência muscular máxima por cerca de 3 segundos, ou seja, uma corrida de 50 m ou levantamento de pesos. Para continuar o exercício, é necessário a produção de ATP. 
       O nosso corpo usa primeiramente a forma mais rápida, a fosfocreatina. A fosfocreatina é composta de creatina e íon fosfato, ao ser quebrada fornece a energia de 10.300 calorias por mol. As células musculares contém duas a quatro vezes mais fosfocreatina do que ATP. Ceca de 5 milimoles (mmol) de ATP e 15 mmol de fosfocreatina (CP) estão armazenados dentro de cada quilograma de músculo. Segundo McArdle* se admitirmos que cerca de 20 kg de músculos podem ser ativados durante o exercício com a participação de "grandes músculos", neste caso existe energia armazenada na massa muscular recrutada para andar rapidamente por 1 minuto, correr moderadamente por 20 a 30 segundos ou correr rapidamente por 5 a 6 segundos.. 
      Como a fosfocreatina é formada e como corre a sua quebra para a formação de ATP?

       A creatina é produzida pelo fígado, rins e pâncreas e são transportadas até o músculo onde são fosforiladas, formando a fosfocreatina. Quando há a necessidade da formação de ATP, ela é degradada pela enzima creatina quinase (CK). A CK pode ser, portanto, um marcador de dano muscular.

                                                   Fosfocreatina + ADP -> ATP + creatina



      Visto isso, podemos discutir alguns pontos: 
A quantidade de fosfatos intramusculares de alta energia pode influenciar, de maneira significativa, no desempenho?
A quantidade de creatina intramuscular também pode fazer com que haja maior quantidade de energia armazenada no músculo, e, portanto, aumentar o desempenho do atleta?
Essa capacidade de transferência de energia do sistema fosfagênio (ATP-CP) é aprimorada pelo treinamento físico?

Esses pontos serão discutidos em futuros posts. 
De qualquer forma, mande sua opinião, críticas e dúvidas por comentários ou no email helenasmoraes@gmail.com.

Nesse post usei as seguintes referências:
Fisiologia do exercício_ Energia, nutrição e desempenho humano Mc Ardle W, Katch F & Katch V
Tratado de fisiologia médica -Guyton & Hall
(São livros básicos bastante usados nos estudos de fisiologia do exercício)


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